quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Eu sou eu mais todos os outros. Todos os outros que se cruzam no meu caminho. Os bons, os maus e os assim-assim. Todos. Mas, acima de tudo, eu sou eu. Só.

Apesar de viver muito em função daqueles que me rodeiam (especialmente daqueles de quem gosto), olho para mim como um sujeito irremediavelmente só. Sem querer ser insensível, estou sozinho no mundo. Em última análise, é isto. E não me importo.

Em conversa com uma boa amiga, falava-se de dar passeios a sós com a nossa própria consciência. Assim mesmo, no meio da rua, sozinho. A ela (que me perdoe a inconfidência) custa-lhe estar sozinha. A mim não. Claro que prefiro ter alguém por perto com quem partilhar um pensamento ou um facto completamente inútil. Porém também simpatizo bastante com a minha própria companhia.

Faz-me bem conversar com o eu que guardo no capacete. Além disso, sabe bem observar e tirar as minhas próprias conclusões - ou não - sem que nenhum ruído me interrompa.

É impossível sabermos como a cabeça do nosso vizinho funciona. Creio, no entanto, que todos os humanos tenham as suas próprias visões e reflexões. Daí que seja extremamente enriquecedor passarmos tempo connosco próprios, aprendendo com o que temos para nos ensinar.

Quer queiramos quer não, cada um de nós é fascinante. Cada qual à sua maneira. Apreciem-se, em primeiro lugar, a sós com a vossa própria personalidade. Só a partir daí poderão tornar melhor a vida de quem existe ao vosso lado.

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