quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A(r)tarantado

Carradas e carradas de ideias. Parece que um camião carregadinho de estímulos atira sobre mim, dia após dia, mais uma encomenda de forquilhas para me irem picando os dedos.

Escreve mais, escreve sobre isto, escreve sobre aquilo, parecem dizer-me.

E eu, com o tempo a escapar-se-me dos bolsos, ando atarantado com tanta arte por cumprir e tão pouca vida para a sustentar.

Vou guardando as ideias num aparelhinho que inventaram há tempos - benditas tecnologias. Sim, porque o meu sótão tem pouco espaço para tanta caixa bonita e ornamentada.

Falta abrir-lhes o conteúdo, ver o que dali sai.

Acção.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

É hoje

É hoje.

É hoje que dou o pontapé de saída num sonho que pretendo manter vivo até ao último suspiro dos meus dias. As letras. A elas presto homenagem, todos os dias, e é delas que vivo.

Não fossem as letras e não sei o que seria deste rapazito.

Hoje é lançado o meu primeiro livro, um daqueles que me faltava ler. Como ninguém ainda o tinha escrito, escrevi-o eu.

Ando à procura da minha voz, nem sequer sei se sou escritor ou algo que o valha. Mas tento. Arrisco e não corto vazas aos meus devaneios criativos. Faço-o por quem me queira ler, por quem possa ou não gostar do que faço. Busco nos recantos mais ermos da minha mente os estranhos solilóquios das emoções misturadas com esta ou aquela ideia. Sem medos. Sem auto-censuras.

Tenho de agradecer à C. Há precisamente oito meses, espicaçou-me. Inspirou-me a escrever, incentivou-me. Foi a primeira a ler o rascunho do meu livro. "Publica", disse. Querer-me-á alguém?, interroguei-me.

Tenho de agradecer ao FR, o portentoso vocalista de uma das maiores bandas nacionais de todos os tempos. Aceitou generosamente apresentar o meu primogénito literário.

Aí está ele. Saiu hoje.