sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Hábitos alimentares

Comer é um acto social. Não é novidade para ninguém. Sentarmo-nos à mesa para comer é resultado de uma motivação para satisfazer uma necessidade mais emocional e intelectual do que propriamente para saciar o estômago.

Não sei, ainda assim, se sou o único a não gostar de ver alguém a tomar sozinho uma refeição. Se forem idosos então... dá-me pena. Nasce em mim uma estranha compaixão, acompanhada de um desejo súbito e profundo de alegrar o solitário comilão.

Este é, possivelmente, o maior e mais incoerente disparate que alguma vez surgiu neste meu ser trapalhão. Porque, por muito que não goste de almoçar sozinho num sítio apinhado de gente, iria detestar que um estranho se sentasse à mesa comigo e começasse a tentar fazer-me companhia.

Sei-o com tanta convicção por uma razão muito simples: aconteceu-me. Graças a esse evento ocorrido há poucos dias, o meu conceito de fast-food ganhou todo um novo significado. Senti-me o Usain Bolt da comida de plástico.

É sempre bom sair da nossa zona de conforto. Mas não há nada melhor do que um rosto familiar do outro lado da mesa a mastigar ao mesmo ritmo que nós.

Sem comentários:

Enviar um comentário