terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Como não trabalhar mais

Numa sala quadrada, 19 indivíduos conversam, ouvem-se e reflectem sobre os pensamentos uns dos outros. Ainda que não tenham a mesma nacionalidade (há aqui portugueses, ingleses, romenos, espanhóis, chineses, dinamarqueses e franceses). Reunidos em nome do conhecimento, do pensamento e da cultura.

Seres que dialogam têm muito mais a ensinar uns aos outros do que simplesmente escrevendo para si mesmos. São estas experiências um dos motivos que me faz adorar o que faço e saber que o quero fazer para o resto dos meus dias. Bendita mudança brusca de vida acontecida em meados de 2006.

Isto leva-me a recordar uma conversa que tive há dias, durante a qual descobri ser um tipo estranho por não vibrar por fazer uma viagem e por não sentir qualquer necessidade de tirar férias.

Esta manhã, o sentido deste sentimento acertou-me com a violência de um camião desgovernado. Há uma maneira de não trabalharmos para o resto da vida: vivendo daquilo que se gosta realmente de fazer. Um emprego torna-se numa paixão. Para quê interrompê-la por umas semanas? Não faz sentido.

Este é o caminho.

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