domingo, 13 de janeiro de 2013

Uma amizade com um quarto de século

A noite de ontem foi de celebração. Celebração da amizade, da vida e, mais que nunca, da presença contínua que alguns insistem em manter nas nossas vidas, mesmo quando parecemos não fazer um esforço relevante para tal. Será isso, afinal de contas, a verdadeira e incondicional amizade.

A partir da meia-noite, como todos convencionámos, mudamos de idade. No minuto em que já estamos noutro dia – no nosso dia -, estamos mais velhos. Assisti, portanto, em tempo real, à mudança de idade de um grande amigo. O G tem agora 27 anos de vida. Eu devo ter estado perto ao longo dos últimos 25.

Não me recordo do dia em que nos conhecemos. Acredito ser absolutamente impossível alguma vez ter algum laivo memorial dentro de mim que me faça lembrar esse momento. Éramos demasiado jovens. No meu ambiente de crescimento, ele sempre lá esteve. Fazia parte da vida, qual elemento natural.

Vivemos demasiado juntos – aqui, note-se, o demasiado não tem conotação negativa; muito pelo contrário. Eventos infantis próprios da idade, discussões bacocas, tolices da adolescência, gargalhadas sempre com propósito legítimo e, até, conversas que achava impróprias para alguém de tão tenra idade. Anos depois, tudo ainda está escrito nesse livro. Temos a felicidade de o abrir juntos, de vez em quando, regados por uma cerveja ou um café.

Um quarto de século depois, vejo-o. Observo-o melhor que nunca.

O G de há 15 ou 20 anos olharia para ti com grande orgulho, amigo. Sei-o, simplesmente. Tu também o saberás, certamente.

Venham mais 25.

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