quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Não fossem as perguntas

Não fossem as perguntas e não teríamos suficientes propósitos de felicidade. De perceber que há quem que se interesse por nós. O trabalho (já achaste, por ventura, algum)? A namorada (há, por ventura, alguma)? Os estudos (que tal o mestrado, ai, o doutoramento)? A vida, no geral?

Não fossem as frases com uma determinada entoação final e acharíamos que a nossa preocupação com aqueles de quem gostamos não era recíproca. Porque um sorriso e um carinho podem ser representativos de apenas alguma cordialidade. Pelo menos se forem trocados entre seres que se vêem quatro ou cinco vezes num ano.

Apesar dos laços de sangue e da informação genética semelhante que todos carregamos nuns tubinhos debaixo da pele, tudo isso poderia ser vão. Não fossem as perguntas. As preocupações. E, depois da resposta, as reacções de simpatia e de verdadeiro amor fraterno.

Sem comentários:

Enviar um comentário