sexta-feira, 10 de maio de 2013

O jogo do título

Sim, hoje escrevo sobre bola. Não é hábito meu, mas hoje acontece. (Aos não-amantes da modalidade: lamento.)

Gosto muito de futebol. Não é uma confissão. É uma declaração. Não se confessa o amor por alguma coisa quando sabemos que não é errada. Gostar de futebol é tão legítimo quanto ter um carinho especial por arroz de cabidela ou partidas de xadrez. É um jogo, um entretenimento, uma exibição regrada do expoente da capacidade humana na habilidade de manipular uma bola com os pés.

Amanhã há jogo grande. As duas melhores equipas do campeonato nacional vão bater-se por um título desde sempre ambicionado. A rivalidade é grande, adivinham-se paixões que a razão não consegue (nem quer) justificar.

Atrevo-me a usar um cliché. Pois que vença o melhor. Estou a ser sincero. Como disse, adoro futebol e esse amor profundo pelo jogo per se não me deixa ficar toldado por clubices. Simpatizo com uma equipa que não joga amanhã, mas prefiro - de longe - assistir aos jogos de quem sabe jogar. A "minha" equipa não o tem feito, não o tem sabido fazer.

Amanhã quero ver um grande jogo. Tenho a convicção (e uma ligeira vontade) que o sul ganhe a batalha, pela perseverança e regularidade do seu bom jogo mantidos durante a guerra inteira. 

Os rapazes merecem-no. Pelo bom nome do futebol e do amor dos que o sentem a correr-lhes nas entranhas. Ainda assim, guardem-se os fundamentalismos no bolso e assista-se, desinteressadamente, a um belíssimo jogo de bola. 

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