sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O passado como caneta do futuro

Estamos condicionados pelo que fizemos ontem, durante a semana passada ou há uma década. Quer queiramos quer não, é isso que nos define. ainda que nos arrependamos do que fizemos ou dissemos a alguém que teve a sorte (ou o azar) de se cruzar connosco, algures, num dia de uma página de calendário já rasgada.

Independentemente disso, parecemos não dar conta dos eventos importantes nos precisos momentos em que se escarrapacham diante dos nossos narizes empedernidos. Aquilo que represente um pequenito bater de asas de uma borboleta pode bem capaz de ser, bem vistas as coisas, o (ou um dos) evento(s) sísmico(s) catalisador(es) e dinamizador(es) das nossas vidas. 

Aquela pessoa que começou por ser mais ou menos indiferente pode vir a ser o humano que partilhará toda (ou, pelo menos, grande parte) da sua vida connosco. Aquela decisão ínfima pode definir o caminho que percorreremos nos próximos tempos. Aquele livro que nem estávamos a contar ler pode dar-nos uma lição para todo o sempre. 

As frases que escrevemos no passado também contam a nossa história. E, acima de tudo, são as notas aparentemente dissonantes que carregam toda a originalidade daquela música que tanto veneramos. Prestemos, pois, a devida atenção aos detalhes, para um dia lhes conferirmos o seu devido valor.

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