O que é que nos faz isto, de qualquer modo? Medos. Receios. Ansiedades. Sem dúvida. Não tendo nenhuma bola de cristal – e, deus nos livre, ainda bem! – resta-nos aguardar a chegada do amanhã sem saber se seremos os seres mais felizes à face da Terra ou se seremos uns miseráveis quase-humanos.
O que vai ser de mim? Para onde quero ir? Estou a seguir o caminho certo? Qual é o próximo passo? Todos pensamos nisto, certamente. Tu pensas, que eu sei. E tu também. Como eu.
O
pior é quando não há respostas. Ou quando as respostas são veementes nãos. Não
vais conseguir. Não hás-de ser ninguém. Às vezes sinto que há dois indivíduos
distintos a morar aqui dentro. Um, animado, a puxar pela carroça. “Vamos
embora, para a frente é que é caminho”. O outro parece um tuga melindrado,
daqueles mais velhotes que vemos no banco de jardim. “Vai lá vai, depois eu
fico aqui a rir-me quando te espatifares. Isso, atira-te.”
Amanhã não sei. Mas parece-me que há-de ser melhor.
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